Eu quis um violino no telhado
e uma arara exótica no banho.
Eu quis uma toalha de brocado
e um pavão real do meu tamanho.
Eu quis todos os cheiros do pecado
e toda a santidade que não tenho.
Eu quis uma pintura aos pés da cama
infinita de azul e perspectiva.
Eu quis ouvir as Cármina Burana
na hora da orgia prometida.
Eu quis uma opulência de sultana
e a miséria amarga de mendiga.
Eu quis um vinho feito de medronho
de veneno, de beijos, de suspiros.
Eu quis a morte de viver dum sonho
eu quis a sorte de morrer dum tiro.
Eu quis chorar por ti durante o sono
eu quis ao acordar fugir contigo
.Mas tudo o que é excessivo é muito pouco
.Por isso fiquei só, com o meu corpo.
Rosa Lobato Faria
e uma arara exótica no banho.
Eu quis uma toalha de brocado
e um pavão real do meu tamanho.
Eu quis todos os cheiros do pecado
e toda a santidade que não tenho.
Eu quis uma pintura aos pés da cama
infinita de azul e perspectiva.
Eu quis ouvir as Cármina Burana
na hora da orgia prometida.
Eu quis uma opulência de sultana
e a miséria amarga de mendiga.
Eu quis um vinho feito de medronho
de veneno, de beijos, de suspiros.
Eu quis a morte de viver dum sonho
eu quis a sorte de morrer dum tiro.
Eu quis chorar por ti durante o sono
eu quis ao acordar fugir contigo
.Mas tudo o que é excessivo é muito pouco
.Por isso fiquei só, com o meu corpo.
Rosa Lobato Faria
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